Jesus é o Caminho a verdade e a vida...

O conselho raramente é bem recebido e quem mais necessita dele é quem menos o aprecia.

Philip Chesterfield

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eu Sou do Tempo

Eu sou do tempo do Simca Chambord, da blusa de buclê, da japona, da matinê, da brilhantina, do bonde, do terno de linho branco, do sabão Rimso, da pomada Minâncora, da Grapette.
Eu sou do tempo em que não havia fax, nem celular, nem TV a cores, nem Internet, geladeiras eram raras, carrão era fusca, não havia máquina de lavar, nem microondas, nem CD, nem DVD, que para ligar para São Paulo levava 5 horas ou mais.
         Eu sou do tempo que contrato se fechava com a palavra ou o “fio do bigode”, que compras no armazém (mercadinho) se marcava na caderneta e todos pagavam. Que para namorar se pedia ao pai da moça.
         Eu sou do tempo que se atravessa Campinas às 3 horas da madrugada, a pé, e o máximo que acontecia era ser confundido com algum padeiro. Do tempo em que não havia grades nas janelas, nem cercas eletrônicas.
         Eu sou do tempo que se pedia a bênção dos pais, tios e avós. Do tempo em que mães, pais, professores, tios, avós e pastores eram autoridades que respeitávamos, dignas de consideração, e quanto mais velhos, mais respeito, mais afeto, mais reverência.
         Eu sou do tempo em que levantávamos para a entrada dos professores, e os chamávamos de mestres, pois é isso que são, que sabíamos cantar o Hino Nacional, que se cedia o lugar nos ônibus para mulheres e velhos.
         Eu sou do tempo em que se conhecia todos os vizinhos, que o pipoqueiro era o Sr. João e o lixeiro o Sr. Pedro, do tempo em que todos diziam “por favor”, “obrigado”, “com licença”, “me desculpe”, sobretudo, as crianças, jovens e adolescentes.
         Eu NÃO sou do tempo em que não levar vantagem é ser otário. Não usar drogas é ser careta. Pagar dívidas em dia é ser bobo. Não sou do tempo de professores espancados, de pedófilos de cabelos brancos, de filhos que matam pais, de alunos armados se agredindo e pais aplaudindo.
         Eu sou do tempo em que os pais ensinavam que os valores maiores a serem buscados eram firmeza de caráter e nome respeitado.
         Eu sou do tempo em que crente estudava a Bíblia todos os dias. Que crente conhecia a doutrina de sua igreja e não pensava que é tudo igual. Que crente entregava fielmente seu dízimo, pela fé, por amor ao Senhor, sabendo que Ele é quem tudo provê. Do tempo em que crente não “determinava” nada, porque sabia que o Senhor é o suserano e nós seus servos fiéis.

Eu sou do tempo em que crente ia para a Escola Bíblica com alegria, estudava as lições, debatia com os irmãos num mutuo aprendizado, trocando as experiências de cada um com o Senhor. Do tempo em que os irmãos vinham aos Cultos de oração para orar uns pelos outros, tempo em que a oração ocupava lugar de relevância na vida do crente.
Eu sou do tempo em se ia a igreja participar do Culto e não “assistir ao Culto”. Que se ia louvar a Deus, agradecer pelas bênçãos e ouvir Sua Palavra, e não porque o louvor é “animadão” (avivado), o cantor “gospel” está fazendo sucesso, ou o pastor é famoso porque está na TV, ou só prega prosperidade, sucesso, cura e felicidade. Eu sou do tempo da reverência durante os cultos, em que não havia celulares tocando, do tempo em que o culto não era para colocar o papo em dia, namorar ou mostrar o último modelo de celular.
Eu sou do tempo em que se entendia que pastor não é profissão, não é empregado da igreja, mas consagrado por concessão de Deus (Efésios 4.11). Que não foram consagrados para fazerem as vontades dos crentes, nem se subordinam à instituições ou hierarquias humanas, mas a Cristo como Senhor da Igreja. Que não são animadores de auditório, mas mensageiros da palavra buscada em oração e concedida pela iluminação do Espírito.
Que alegria que Deus é atemporal, é misericordioso e sempre é tempo de voltar-se para Ele e para as suas verdades eternas.
Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coraçãoJeremias 29.13.
Boa reflexão !!!

Pr. Admir Polassi.

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