Deus os conhecia e sabia que naquilo não havia nada de sinceridade. Quando se viram enfermos buscaram recursos humanos (5.13). Suas chagas incuráveis eram consequências de sua corrida atrás do "nada" (normalmente a palavra vaidade, que significa qualidade do que é vão, tem a mesma raiz para a palavra "ídolos" no hebraico, mas aqui Deus usa outra palavra que tem a mesma raiz da palavra "sujeira"). As coisas que a nação de Deus havia feito eram pecados de idolatria, injustiça social e homicídios, entre outros (6.8,9). Deus chega a dizer que via "uma coisa horrenda" na casa de Israel (6.10). No original, dá a ideia de "arrepiar os cabelos"! Deus havia dito que o proceder de Israel não lhe permitia voltar para Ele (5.4). Então Deus mesmo Lhes seria como traça e podridão (5.12) e como o leão e o leãozinho (5.14), para que eles compreendessem de onde provinha sua destruição.
Deus previu que Israel e Judá fariam uma bela oração (5.15), oração esta que se fosse sincera seria uma das mais belas expressões de confiança na restauração de Deus. (6.1-3). Entretanto, a decepção de Deus estava justamente no desvanecimento da oração do Seu povo (v. 4). Seu amor para com Deus era como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que logo passavam...
Deus não os deixa às cegas. Diz a eles o que Ele quer: "Misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus mais do que holocaustos" (6.6). E quando Deus, na Sua misericórdia Se dispunha a mudar a sorte do Seu povo, então se descobria mais e mais iniquidade e maldade (7.1)!
Vivemos em dias de muita euforia em torno dos grupos de louvor das igrejas, badalações acerca da adoração (sempre confundindo com música), congressos e mais congressos sobre ministração de louvor, sobre adoradores (hoje os adoradores são apenas os que tocam ou cantam) e, infelizmente, juntamente com isso vemos as feridas, as chagas da igreja, uma igreja despedaçada, corroída e apodrecida!
É de se questionar o "avivamento" que o louvor tem produzido no nosso país. Nas nossas cidades aumentam o número de templos com denominações diferentes se espalhando, afirmando salvação de almas, igrejas que proclamam seu crescimento em 400%, e outras cifras mais, pastores que se tornam apóstolos e outros títulos mais, igrejinhas que se tornam megaigrejas, enquanto que ao mesmo tempo cresce a violência em nossas cidades, aumenta-se o número de bares e casas de prostituição, famílias continuam sendo destruídas, inclusive dentro das próprias igrejas, onde se ouve falar de traições, adultérios, divórcios, tudo em larga escala, na mesma proporção em que ocorre lá fora, escândalos financeiros dentro das igrejas, a partir de um discurso excelente, em oratória enganadora, que leva os fiéis a arrancarem tudo o que têm no bolso e darem (até o que não têm) como um ato de fé para que lhes sobrevenha a famigerada prosperidade, o que, via de regra não acontece, pessoas se decepcionando com o Evangelho por causa dos testemunhos dos próprios evangélicos e exemplos mil que eu não tenho espaço para multiplicar, mas que todos nós conhecemos!
Uma coisa quer o Senhor, e duas Ele nos recomenda: que pratiquemos a misericórdia e que busquemos, de fato, conhecer a Deus (6.6). Não estamos clamando a Deus de coração, estamos dando uivos em nossas reuniões de louvor para o trigo e para o vinho (7.14)! Estamos confundindo a adoração a Deus com o culto a Mamom! Rituais religiosos não convencem o nosso Deus! Ele sabe quando misturamos o que era pra ser puro!
Coloquemos em nossos lábios e principalmente em nossos corações um louvor verdadeiro, que convide ao arrependimento, à conversão: "Vinde, e tornemos para o Senhor" (6.1).
Um comentário:
Ele sabe quando misturamos o que era pra ser puro...realmente...
Parabéns pelo seu blog, que o Senhor te abençõe e te ilumine cada vez mais.
A paz do Senhor!
Postar um comentário